Crítica | Arremessando Alto

A jogada certa de Adam Sandler

Aquela prova de que um clichê bem contado pode se tornar um grande filme. “Arremessando Alto” marca mais uma parceria entre Adam Sandler e a Netflix e surpreende pelo simples fato de ser bom. É uma obra que chega já com a receita pronta, que envolve uma história de superação dentro no universo esportivo. Ainda assim, acerta demais no tempero, entregando uma produção tão incrível e que é capaz de empolgar e emocionar mesmo aqueles que não entendem nada de basquete, assim como este que vos fala.

Claro, aqueles que curtem e entendem de NBA, farão melhor desfrute. Na tela, aparecem astros reais das quadras que, provavelmente, farão os fãs vibrarem. No entanto, o filme consegue facilmente atingir o público em geral, recontando uma trama do qual já vimos outras vezes. Aqui, Sandler interpreta Stanley Sugerman, olheiro de um time de basquete que precisa encontrar uma nova estrela para o time. Entre viagens cansativas e muito fast food, essa descoberta pode transformar sua vida: se tornar um técnico e ficar mais próximo de sua família. Ele, então, aposta todas as suas fichas em Bo Cruz. Habilidoso nas quadras e sua última esperança de realizar seu sonho.

A direção de Jeremiah Zagar torna todo esse espetáculo muito próximo de nós. Tudo muito crível, é impossível não vibrar por cada vitória e torcer fervorosamente pelos protagonistas. A montagem é excelente, dando à obra uma agilidade empolgante. Outro ponto muito assertivo aqui (e nem acredito que direi isso de um filme do Adam Sandler) é seu humor. É brilhante como o roteiro consegue inserir piadas nas horas certas, usando a comédia para agregar, jamais diminuindo a força e potência de sua história.

“Arremessando Alto” é uma jogada certeira do ator, que também produz. Tudo é muito cativante na obra e, mesmo que a história abrace a simplicidade e tantos clichês de filmes de esporte, comove. E comove porque é bem contado e porque tem muito sentimento envolvido.

NOTA: 9,0

País de origem: EUA
Ano: 2022
Título original: Hustle
Duração: 116 minutos
Disponível: Netflix
Diretor: Jeremiah Zagar
Roteiro: Taylor Materne, Will Fetters
Elenco: Adam Sandler, Juancho Hernangomez, Queen Latifah, Ben Foster, Jordan Hull

Crítica | Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Uma brilhante viagem ao multiverso

“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” não poderia ter um título mais pertinente. De fato, cabe muita coisa dentro desse filme, que flui entre gêneros distintos e consegue ser incrível em todos eles. Ao nos transportar para esse lugar de infinitas possibilidades, nos permite sentir inúmeras sensações e vivenciar uma experiência única, ousada e surpreendentemente tocante.

Existe algo de muito novo nesse cinema da dupla Daniel Kwan e Daniel Scheinert. Depois do excêntrico “Um Cadáver Para Sobreviver”, eles retornam para algo ainda mais insano e bizarro. No bom sentido, sempre. É fantástico como a cada segundo eles nos deixam com o pensamento de “eu não acredito que isso esteja acontecendo”. O roteiro é absurdamente genial e nunca para de criar ou trazer informações novas. É uma obra que vai se reinventando e mergulhando em lugares nunca antes explorados. A criatividade aqui é inesgotável e, no meio dessa aleatoriedade de eventos, existe um filme de coração enorme. Nem tudo faz sentido e nada, no fim das contas, precisa fazer. O grande lance aqui é se permitir viver a loucura e abraçar o nonsense, porque em algum canto, seja por um detalhe ou um simples diálogo, o filme falará diretamente com você.

Não deixa de ser, também, uma bela homenagem à atriz Michelle Yeoh. Veterana, ela encontra aqui o papel que sempre mereceu receber. Em cena, ela tem a chance de fazer de tudo um pouco. A atriz interpreta Evelyn, uma mulher chinesa-americana que segue atarefada em uma rotina que perdeu o brilho. Uma virada inesperada surge quando ela é informada de que precisa acessar outros universos – ou melhor, outras versões de si mesma – para salvar a humanidade da aniquilação. São mundos que foram ramificados depois de cada decisão tomada ao longo de sua existência e, agindo de forma esquisita, ela consegue acessar as habilidades de todas essas vidas que poderia ter vivido.

“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” explora o multiverso de maneira inteligente e divertidíssima. É assim que o filme tem a capacidade de transformar uma simples cena dentro de um corredor em uma viagem alucinante. Não apenas pelo brilhante roteiro, como também a soberba montagem, a trilha empolgante da banda Son Lux como a direção segura dos Daniels, que fazem o inimaginável se tornar real aqui. Faltam palavras para descrever a insanidade proposta e é sensacional como eles fazem funcionar eventos absurdos como uma conversa entre duas pedras ou um universo onde pessoas têm mãos de salsicha. O elenco também merece destaque. Todos muito alinhados.

É muito curioso assistir os esforços da protagonista em salvar o mundo. A obra torna fácil se identificar com ela e nessa percepção de que ela vive a pior versão de si mesma. Essa sensação sempre paira em nós. Esse medo de termos escolhido os caminhos errados. O que teria sido? Como seria? E se? Vivemos sem ter essas respostas e, em grande parte do tempo, estamos perdidos, seguindo um rumo sem nexo. “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” nos faz lembrar de que alguma partícula minúscula no meio desse todo fará sentido. Cabe a nós encontrá-la e valorizá-la. No fim, é belo esse relato de família que a obra escreve, da importância do diálogo, de compreender o outro. No meio do furacão espalhafatoso de informações que nos deparamos aqui, existe um coração que bate forte e emociona quando menos esperamos. Há tanta coisa dentro do filme que ele explode em nós. Saio da sessão extasiado e preenchido por uma experiência sem igual, imensa e revigorante.

NOTA: 9,5

País de origem: EUA
Ano: 2022

Título original: Everything Everywhere All At Once
Duração: 140 minutos
Disponível: Cinema
Diretor:
Daniel Kwan, Daniel Scheinert
Roteiro: Daniel Kwan, Daniel Scheinert
Elenco: Michell Yeoh, Ke Huy Quan, Stephanie Hsu, Jamie Lee Curtis, James Hong, Jenny Slate

Crítica | Os Olhos de Tammy Faye

O Show da Fé

Tá aí um filme que eu não dava nada nessa última temporada do Oscar e, pra mim, foi uma das boas surpresas. Não conhecer Tammy Faye e sua história nunca é um problema aqui. Isso porque o roteiro funciona e, mesmo seguindo algumas etapas clássicas de produções biográficas, nos envolve e nos convida a fazer parte. É estranhamente curiosa toda a jornada que nos revela, sem jamais julgar ou romantizar seus contraditórios protagonistas.

Jessica Chastain dá um show aqui. Confesso que tinha um certo receio sobre esse papel, mas queimei a língua. Ela está entregue e em estado de graça. Magnética, eu diria, porque não é possível desgrudar os olhos dela, de sua postura e dessa humanização que ela faz de uma personagem que tinha tudo para ser uma caricatura. Aqui ela interpreta Tammy Faye, cantora, escritora, empresária e que, ao lado do marido – Jim Bakker, papel do ótimo Andrew Garfield – fundou, nos anos 70, a maior rede de televisão religiosa do mundo e um parque temático. Ambos são sempre movidos por discursos de pregação e amor, enquanto se envolvem em um estilo de vida luxuoso.

Em uma rápida sequência ao início, a protagonista é confrontada por sua própria mãe na infância: “pare de representar”. Além de dar vida para os fantoches em sua mão, Tammy nunca evitou um show. A interpretação sempre lhe parece mais autêntica que a própria realidade. O filme, então, abraça esse exagero da performance, causando estranheza sim, mas ao mesmo tempo, entregando o espetáculo que seus personagens reais sempre forçaram. Existe uma certa comicidade nesse universo, mas é tudo tão bem guiado pelo diretor Michael Showalter, que sempre entendeu de comédia, que acreditamos na bizarrice e no quão real e possível são seus desdobramentos.

A obra, então, fascina por essa dualidade da protagonista e nessa narrativa espalhafatosa que constrói para si. Caminham, lado a lado, o que de fato acontece e aquilo que é preciso expor diante das câmeras. E quanto mais o tempo avança, mas essas versões que ela conta de si mesmo se tornam mais distintas. Existe medo, mas também existe ganância. Existe força, mas também fragilidade. Segura um casamento que é fonte de seu lucro, mas também pela possibilidade assustadora que é a solidão. Me vi comovido por essa personagem e por essas tantas facetas que cabem dentro dela. O roteiro acerta por nunca julgá-la e por torná-la, diante da loucura que é sua vida, tão humana. Constrói em nós uma estranha afeição por ela, confundindo nossos próprios sentimentos. Destaco, ainda, como a produção nos revela as passagens dos anos. É brilhante todo o trabalho de montagem, figurinos e, principalmente, a maquiagem.

“Os Olhos de Tammy Faye” é surpreendentemente bom. Não nega em nenhum instante essas etapas tão bem definidas de cinebiografias, indo do sucesso à decadência, com direito a manchetes de jornais voando pela tela, mas faz isso com competência e abraça o estardalhaço e kitsch tal qual sua protagonista. Ao fim, assusta porque nos faz lembrar a hipocrisia daqueles que vendem a fé, que usam da crença do outro para o lucro próprio. É chocante, envolvente e tão brega quanto deveria ser.

NOTA: 8,5

País de origem: EUA
Ano: 2021

Título original: The Eyes of Tammy Faye
Duração: 126 minutos
Disponível: Star+
Diretor:
Michael Showalter
Roteiro: Abe Sylvia
Elenco: Jessica Chastain, Andrew Garfield, Cherry Jones, Vincent D’Onofrio

Crítica | Segunda-feira

amor Inconsequente

Existe algo de mágico nas sextas-feiras. É aquele dia que nos liberta. Que abre, enfim, aquela ruptura em nossa realidade. A obra, dirigida pelo grego Argyris Papadimitropoulos, apesar do título, acontece toda na sexta-feira. Ele narra diversos anos na vida de um casal que se conhece neste empolgante dia e todo o turbilhão de emoções que vivem durante os fins de semana, ao longo do tempo. Sendo aquele instante em que a vida pode ser qualquer coisa no que vem a seguir, os protagonistas se lançam a essa empolgação inconsequente, como se nunca houvesse o “depois”.

Chloe (Denise Gough) e Mickey (Sebastian Stan) são dois norte-americanos que se conhecem na Grécia durante uma festa. Ele já construiu uma vida por lá. Ela tem data para retornar. A paixão que surge entre eles é imensa, o que faz com que ela decida ficar e viver essa nova vida ao lado dele. Durante vários anos, o filme vai nos apresentando a evolução dessa relação, no entanto, o único recorte que temos são as das agitadas sextas-feiras, quando eles vivem intensamente entre festas, bebidas e sexo. Nesse sentido, é brilhante o trabalho do diretor, que consegue imprimir essa sensação de liberdade, de que nada tem limite, de que tudo e qualquer coisa pode acontecer. O roteiro apresenta aquela vida de excessos de maneira convincente, construindo um clima quase que eletrizante e imersivo. A câmera, sempre em movimento, cria essa atmosfera de agitação, como se toda aquela jornada estivesse presa em uma única festa e nós, o público, dançando ao lado deles. O trabalho de montagem aqui é excepcional, eu diria.

Sebastian Stan e Denise Gough estão ótimos e se libertam de maneira literal. Inclusive, Sebastian, obrigado pelos mimos. Não há muita química entre eles, apesar da boa interação, diminuindo um pouco a força da obra. Ainda assim, são dois personagens interessantes, principalmente Mickey. É estranhamente fácil se identificar com suas ações autodestrutivas e esse poder que tem em fazer as coisas darem errado. Ele inconscientemente se autossabota e a felicidade nunca parece um caminho possível. É triste, de certa forma, ver aquele casal se distanciando, mesmo quando poderia dar tão certo. As discussões pequenas, as desatenções. Tudo o que se vai perdendo ao longo dos anos.

“Segunda-feira” é um dia que tem um peso. Segunda-feira é o depois. Chloe e Mickey parecem evitar o tempo todo essa consequência, como se ela fosse torná-los mais frágeis. E relacionamento é soma, é tudo aquilo que existe depois da festa, dos vacilos, dos aprendizados. E não há como construir sem encarar o depois.

“Monday” é uma experiência interessante e que sai bastante do lugar comum. Ainda assim, sei que é o tipo de filme que agradará poucos. Percebi isso depois de ter visto notas e comentários bem negativos sobre ele assim que terminei de vê-lo. Por alguma razão, funcionou bem pra mim. Tem uma atmosfera deliciosa e faz um retrato muito honesto sobre relacionamentos ao longo dos anos.

NOTA: 8,0

País de origem: EUA, Grécia, Reino Unido, Irlanda do Norte
Ano: 202
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Título original: Monday
Duração: 106 minutos
Disponível:
Telecine Play (canal Globoplay)
Diretor:
Argyris Papadimitropoulos
Roteiro:
Rob Hayes, Argyris Papadimitropoulos
Elenco:
Denise Gough, Sebastian Stan

Crítica | A Lenda do Cavaleiro Verde

Jornada de desonra

A Távola Redonda é cercada de lendas gloriosas, entre elas a de Rei Arthur, símbolo da cultura celta e que enfrentou males em prol da honra e bondade. Neste mesmo universo arturiano se encontra Gawain, seu sobrinho. É sobre sua jornada que conhecemos aqui em “A Lenda do Cavaleiro Verde”, lançado no Brasil pelo Prime Video e que, por sua vez, foi baseado em um poema escrito no século XIV.

Dirigido por David Lowery, dos excelentes “Pete’s Dragon” e “A Ghost Story”, o longa se afasta por completo deste cinema de fantasia e ação do qual estamos acostumados, revelando este cenário medieval de forma mais sombria e, até mesmo, mais humana. Nosso protagonista, Gawain, interpretado pelo ótimo Dev Patel, é irresponsável e vive uma vida sem grandes esforços, mesmo que queira ser reconhecido como herói, assim como todos aqueles que o cercam. Sua imprudência, porém, define sua inevitável jornada, quando aceita o desafio do Cavaleiro Verde – uma criatura metade humana, metade árvore – que oferece um poderoso machado e uma vida digna para aquele que o golpear. O preço, porém, é que um ano depois, terá de receber o mesmo golpe de volta. Gawain, em um ato impensável, corta a cabeça do Cavaleiro.

É assim que “A Lenda do Cavaleiro Verde” se transforma em uma espécie, curiosa e intrigante, de coming of age medieval. O jovem protagonista parte em uma longa caminhada pelo interior da Inglaterra para encontrar a criatura e ter sua cabeça cortada. É ele indo atrás da própria morte. Saindo de sua vida cômoda, descobrindo o mundo e sentindo, finalmente, o peso de suas escolhas. O amadurecimento forçado de alguém que não está preparado para ser uma lenda. Há, também, muito de um thriller psicológico aqui, quando o personagem se lança nessa tortura de buscar por seu destino mortal, quando escolher pela vida será sinal de seu fracasso e de sua desonra. É assim que o filme subverte essa saga do herói de forma brilhante e audaciosa.

Existe uma grandeza intimidadora na obra, onde as cenas causam bastante impacto. Visualmente é um dos filmes mais belos que vi nesse ano e teria sido lindo tê-lo visto em uma tela de cinema. É rico todo o trabalho da equipe e o que conseguiram fazer com o orçamento. Sequências como as do encontro com os gigantes ou do mergulho no mar vermelho me deixaram estagnado.

Cheio de simbolismos, “A Lenda do Cavaleiro Verde” termina de forma ambígua e isso o engrandece. As possibilidades que vão se abrindo em nossa mente o tornam ainda mais intrigante. Me senti completamente imerso nesse universo e seduzido pelo poder de suas imagens. Fantástico!

NOTA: 9,0

País de origem: EUA, Canadá, Reino Unido, Irlanda do Norte
Ano: 2021

Título original: The Green Knight
Duração: 130 minutos
Disponível: Prime Video
Diretor: David Lowery
Roteiro: David Lowery
Elenco: Dev Patel, Alicia Vikander, Barry Keoghan, Joel Edgerton, Sean Harris

Crítica | Cidade Perdida

Aventura em posição de conforto

Enquanto assistia “Cidade Perdida” me vi refletindo o quanto, atualmente, comédias românticas são raras. Ainda mais essas bobas, leves e que nos fazem esquecer completamente a realidade. Temos aqui uma produção muito bem conduzida pelos diretores Aaron Nee e Adam Nee e que diverte do começo ao fim. Ao menos, me manteve com sorriso no rosto e uma sensação boa de estar assistindo algo completamente despretensioso.

Além disso, é muito bom poder ver Sandra Bullock à frente disso. Eu, que nasci nos anos 90, vejo nela uma das maiores estrelas das comédias românticas que estavam presentes em minha infância e adolescência e que eu tanto gostava de ver na TV. Claro, o tempo passou, e ela claramente não tem a mesma empolgação de antes. Sandra parece se divertir sim, mas está no automático e isso, infelizmente, enfraquece o filme. Porque é ela numa repetição de outros papéis, vivendo situações – seja da mulher comportada sendo obrigada a viver uma nova realidade e que possui um passado triste, seja do humor baseado em vestir uma roupa esquisita – que já vimos muitas outras vezes. O mesmo acontece com seu parceiro de cena. Channing Tatum dupla muito bem com a atriz, mas é ele sendo ele mesmo. Tudo isso gera uma certa previsibilidade na obra e uma constante sensação de déjà vu. Divertido, mas não tem frescor.

Em “Cidade Perdida”, Sandra dá vida para a autora Loretta Sage, famosa por escrever uma saga de aventura e romance, cujas capas são estreladas pelo modelo Alan Dash, que incorpora o personagem heroico escrito por ela. Durante a turnê de divulgação de seu novo livro, Loretta é raptada por um bilionário (Daniel Radcliffe) para que ela o guie a achar um tesouro na real cidade perdida descrita em seu livro. É então que a obra tem essa inusitada virada, onde a escritora, que cria universos em seu quarto, precisa, enfim, viver algo verdadeiro. A troca entre os protagonistas funciona nessa enrascada, principalmente porque Alan está distante de ser o estereótipo do macho alfa salvador. A inteligência e coragem vem dela e o que ele busca é poder estar à altura de sua parceira. Apesar dos atores funcionarem juntos, a verdade é que o romance não funciona e nunca torcemos para a junção do casal.

Um dos pontos altos aqui, sem dúvidas, é a participação de Brad Pitt. Poderia ser uma grande surpresa, mas infelizmente já foi revelado nos trailers. Daniel Radcliffe se sai bem como o vilão e Da’vine Joy Randolph, como sempre, uma boa adição. A interação entre esses personagens garante bons momentos, assim como a ação que, apesar de acontecer em uma floresta extremamente fake, entretém.

É curioso – hoje – pensar que “Cidade Perdida” teria sido um grande sucesso se lançado no streaming. Tem o padrão Netflix, inclusive, e facilmente seria um hit por lá. Já no cinema, é uma comédia que facilmente esquecemos, também porque pouco gera assunto. Gostoso de ver sim, mas tudo muito bobo, sem novidade e um roteiro que pouco se arrisca, apostando o bom resultado nas costas de seus atores principais, confortáveis demais naquilo que já fizeram bem outras vezes.

NOTA: 7,0

País de origem: EUA
Ano: 2022

Título original: The Lost City
Duração: 112 minutos
Disponível: Cinema
Diretor: Aaron Nee, Adam Nee
Roteiro: Dana Fox
Elenco: Sandra Bullock, Channing Tatum, Daniel Radcliffe, Da’Vine Joy Randolph, Brad Pitt