As 20 melhores comédias da década

A lista com os melhores da década continua aqui no site! Resolvi comentar sobre as comédias que se destacaram nesses últimos anos, citando aquelas que não, necessariamente, foram as mais engraçadas, mas aquelas que, através do bom-humor, trouxeram uma boa ideia, divertiram e acertaram, seja no roteiro, na construção dos personagens, seja na escalação correta do elenco. É difícil olhar para 10 anos e definir quais entregaram o melhor resultado, por isso espero ter feito uma boa seleção. Caso lembrem de outros títulos que mereciam estar aqui, deixem nos comentários.

Com vocês, os melhores filmes de comédia desta década, relembrando produções que foram lançadas entre 2010 a 2019.

20. Os Estagiários
2013 | Shawn Levy

“Os Estagiários” trouxe um pouco daquele ar inocente das comédias dos anos 2000 (inclusive, na minha pesquisa, até me surpreendi que era dessa década). Até mesmo suas piadas soam antiquadas, quase como um filme que veio na época errada. A história é um tanto quanto absurda e rimos mesmo quando o roteiro não tem a intenção. Dois homens com problemas financeiros conseguem uma vaga de estágio na Google e durante toda a trama vamos acompanhando dois marmanjão lidando com modernidade, tecnologia e jovens descolados. É uma piada pronta e, por mais estranho que pareça, funciona bastante. A boa química entre os atores Owen Wilson e Vince Vaughn faz tudo valer ainda mais a pena.

19. Quero Matar Meu Chefe
2011 | Seth Gordon

Pegando carona no sucesso de “Se Beber Não Case” e aquela comédia com aventura de três caras “super legais” que se unem durante o caos, “Quero Matar Meu Chefe” diverte com seu trio enlouquecido de protagonistas. Jason Bateman, Jason Sudeikis e Charlie Day são hilários em cena e por mais horrível que seja a premissa – onde os três planejam literalmente matar seus respectivos chefes – torcemos para que tudo dê certo e embarcamos nessa jornada bizarra dos amigos. Muito bom poder ver Jennifer Aniston, Jamie Foxx e Colin Farrell em papéis bem diferentes do usual também.

18. Minha Mãe é Uma Peça
2012 | André Pellenz

Provavelmente o único acerto da comédia nacional nesta década, que errou a mão e entregou produções vergonhosas. “Minha Mãe é Uma Peça”, baseada na peça estrelada por Paulo Gustavo, entrega uma das personagens mais icônicas da comédia recente: a Dona Hermínia. O filme é um amontoado de situações hilárias que envolvem sua relação com os filhos e os inúmeros problemas que enfrenta por causa de sua família. É um texto divertido, redondo e que nos faz querer repetir vários diálogos em nossa mente assim que terminamos de assistir.

17. Não Vai Dar
2018 | Kay Cannon

Filme pouco comentado e que nem chegou a ir para os cinemas brasileiros, mas que, definitivamente, valeu e muito uma conferida. “Não Vai Dar” mostra a divertida jornada de três pais que se unem para impedir que suas filhas – amigas do colégio – percam a virgindade na esperada noite de formatura. Daquelas comédias que fluem gostoso, onde as tramas são bem desenvolvidas e os personagens são naturalmente engraçados. Ganha ainda mais pontos por entregar um final bem maduro, onde trata com respeito seus temas e os indivíduos ali em cena.

16. A Escolha Perfeita
2012 | Jason Moore

Aca-awesome! Apesar das sequências desnecessárias, a primeira parte da franquia valeu e muito a pena. Uma grata surpresa esse musical acapella estrelado por Anna Kendrick e Rebel Wilson, que mostra um grupo de garotas que se une para uma competição de música. Com um texto espontâneo, personagens adoráveis e ótimas referências de alguns clássicos juvenis do cinema, temos aqui um filme que, definitivamente, é uma escolha perfeita para qualquer final de semana. Muito mais do que uma excelente trilha musical, a obra diverte e empolga com sua trama muito bem conduzida.

15. Scott Pilgrim Contra o Mundo
2010 | Edgar Wright

Adaptação da aclamada HQ, “Scott Pilgrim” entregou um produto original, revigorante, cheio cores e movimento. A história do jovem deslocado (Michael Cera) que para conquistar o amor de Ramona Flowers (Mary Elizebeth Winstead), sua nova grande paixão, precisa lutar contra seus poderosos ex-namorados. Com uma história insanamente divertida, foi difícil não cair nas graças deste filme muito bem dirigido por Edgar Wright.

14. A Espiã Que Sabia de Menos
2015 | Paul Feig

Apesar da tradução bizarra, “A Espiã Que Sabia de Menos” traz uma Melissa McCarthy inspiradíssima e hilária na pele uma analista da CIA que se coloca na frente de uma missão secreta e extremamente perigosa. A ação funciona e nos mantêm presos em sua trama cheia de boas reviravoltas e saídas inteligentes, contando sempre com um texto divertido, bem-humorado e que nunca subestima seu público, mesmo sendo pastelão na maior parte do tempo. O elenco de coadjuvantes revela ótimos momentos como a fantástica Rose Byrne, Jude Law e uma surpreendente participação de Jason Statham.

13. Anjos da Lei
2012 | Phil Lord, Christopher Miller

Baseada em uma antiga série de TV, “Anjos da Lei” traz a excelente parceria entre Jonah Hill e Channing Tatum, além de revelar o talento de dois grandes nomes desta década: Phil Lord e Christopher Miller, envolvidos em séries como “How I Met Your Mother”, “Brooklyn Nine-Nine” e responsáveis pelos filmes “Uma Aventura Lego” e “Homem-Aranha no Aranhaverso”. O texto é bem divertido e conta a trajetória de dois policiais que voltam ao ambiente escolar como infiltrados para desvendar a fonte de uma nova e perigosa droga. Toda a situação é bem cômica, sendo impagável ver Jonah e Tatum como adolescentes, tentando se enturmar com os mais jovens.

12. Amizade Colorida
2011 | Will Gluck

Aquele humor sem pudores, espontâneo e delicioso de assistir. A química entre Mila Kunis e Justin Timberlake é hipnotizante e nos faz torcer pelo casal como poucas comédias românticas conseguiram. É divertido ver os dois em cena, jogando conversa fora, exatamente como duas pessoas que se gostam agem na vida real. A graça de “Amizade Colorida” é justamente brincar com os clichês do gênero e trazer uma nova roupagem, através de um texto leve, ousado e repleto de boas sacadas. A trama é sobre dois amigos que decidem acabar com a carência sexual que sentem, mantendo uma relação apenas com sexo e sem que isso afete a amizade entre eles. Obviamente, eles se apaixonam. O filme é tão bom e tão cativante que não ligamos para suas conveniências, apenas nos deixamos ser levados por seus bons personagens e pela naturalidade com que fala sobre temas tão tabus dentro do cinema.

11. Popstar: Sem Parar, Sem Limites
2016 | Jorma Taccone, Akiva Schaffer

“Popstar”, de longe, até parecia uma brincadeira bem produzida por Andy Samberg e seus amigos. Não deixa de ser, no entanto, é uma piada que deu tão certo que acabou por entregar uma das melhores comédias desta década. Para aqueles que curtem um humor nonsense, temos aqui um prato cheio e bem saboroso. Em formato de documentário, o filme narra a ascensão e declínio da carreira de um astro fictício do pop, Conner 4Real, que ganha vida pelo inspirado e carismático Samberg. Nessa divertida jornada, o longa consegue reunir os clichês que envolvem a indústria musical, desde os escândalos aos fracassos de vendas. O resultado é bem positivo e mesmo com seu humor politicamente incorreto, consegue ser extremamente agradável de se ver.

10. Amor a Toda Prova
2011 | John Requa, Glenn Ficarra

Um dos plot twists mais incríveis desta década! Nem só por isso “Amor a Toda Prova” é um grande filme. A obra consegue unir várias tramas de forma harmoniosa, onde cada personagem tem vida própria, começo, meio e fim. Tudo é muito bem construído e o roteiro consegue explorar, através de cada um deles, inúmeras formas de amor. É fofo, romântico, gostoso de assistir e diverte como uma boa comédia deve divertir. A ótima sintonia entre Ryan Gosling com Steve Carell e Emma Stone, faz a sessão valer ainda mais a pena.

09. Artista do Desastre
2017 | James Franco

“Artista do Desastre” é um filme insano, bizarro e completamente imprevisível. Foi uma bela surpresa para mim que esperava só mais uma comédia estrelada por James Franco e seus amigos. É nítido, sim, o quanto eles se divertiram fazendo isso. O lado bom é que, como consequência disso, nós nos divertimos ainda mais. O roteiro escrito pela dupla Scott Neustadter e Michael H.Weber – conhecidos por “500 Dias Com Ela” – é incrível, tanto pela introdução e desenvolvimento de cada personagem, como pela evolução da história, que flui muito bem por seus hilários minutos. James Franco surpreende e realiza um trabalho fantástico, tanto como ator como diretor, filmando os bastidores de um dos piores filmes da história de forma brilhante. Se trata de uma bela e divertida homenagem, que encontra humanidade e complexidade dentro daquilo que poderia ter sido uma simples piada.

08. Uma Aventura LEGO
2014 | Phil Lord, Christopher Miller

Dentre as animações lançadas nesta década, “Uma Aventura Lego” foi uma das mais adoráveis surpresas. O que, de início, parecia apenas uma boa jogada de marketing, logo nos deparamos com uma obra criativa e extremamente empolgante. E exatamente como a mente de uma criança, o roteiro possui uma imaginação fértil, onde nada necessita de alguma lógica para existir. É assim que descobrimos uma história original, que encanta por sua coragem, que diverte (e muito!) com o nonsense, que faz rir das coisas mais idiotas possíveis e que alcança, durante seus hilários minutos, um nível de inteligência raro para o gênero.

07. A Noite do Jogo
2018 | Jonathan Goldstein, John Francis Daley

Com um roteiro surpreendentemente bem escrito, a comédia brinca o tempo inteiro com o público, criando uma série de acontecimentos imprevisíveis e reviravoltas agradáveis. Aquele produto raro, que faz rir de situações inteligentes e que jamais subestima seu público. “A Noite do Jogo” foi uma grata surpresa quando surgiu aos cinemas em uma época onde a comédia se tornou um gênero tão raro. Na trama, acompanhamos um casal, interpretados pelos ótimos Jason Bateman e Rachel McAdams, que enquanto participavam de uma noite de jogos com alguns amigos, um sequestro repentino os fazem acreditar que tudo faz parte de uma brincadeira engenhosa, mesmo quando passam a ser perseguidos por criminosos. É assim que a obra oferece uma sequência de situações absurdas, insanamente engraçadas e muito bem elaboradas.

06. A Mentira
2010 | Will Gluck

Levemente inspirado em “A Letra Escarlate”, o filme conseguiu resgatar toda a nostalgia dos clássicos adolescentes da década de 80 em um roteiro ágil, esperto e incrivelmente bem-humorado. Naturalmente subestimamos filmes adolescentes e é ótimo quando encontramos um texto que nos prove o contrário. “A Mentira” brinca com os estereótipos dos colégios norte-americanos e traz uma trama original e cheia de ótimas sacadas, onde uma jovem, muito bem interpretada por Emma Stone, acaba se aproveitando de sua repentina fama de “vadia” para ajudar os excluídos. É bom, é inteligente e tudo o que não esperamos dele.

05. Família do Bagulho
2013 | Rawson Marshall Thurber

Por trás de uma tradução brasileira tosca, existe um ótimo filme de comédia. Quando quatro estranhos se unem, fingindo ser uma família, para buscar maconha no México, dá muito errado para eles, mas incrivelmente certo para o público. O resultado disso foi impagável e fomos surpreendidos com uma das obras mais engraçadas que tivemos nesses últimos anos. Jennifer Aniston, Jason Sudeikis, Emma Roberts e Will Poulter compõem esse elenco que ainda conta com participações hilárias de Kathryn Hahn e Nick Offerman. Alguns momentos são tão icônicos que ficamos reprisando em nossa mente para rir um pouco com seus absurdos.

04. Vizinhos
2014 | Nicholas Stoller

O grande acerto de “Vizinhos” foi, definitivamente, compreender a belíssima química existente entre Seth Rogen e Rose Byrne. É bom demais ver os dois atores em cena, que agem com espontaneidade e dão vida a um texto criativo, politicamente incorreto e inteligente. Foi bom, também, poder ver esse lado cômico de Zac Efron, que se sai muito bem. Na trama, um casal se muda para um bairro aparentemente tranquilo para cuidar da filha recém-nascida, no entanto, logo percebem que do lado vive um jovem líder de um grupo de estudantes hiperativos e amantes de boas festas e barulho. Todas as situações que o roteiro expõe para revelar essa batalha entre os pais e os adolescentes são divertidíssimas, exageradas e que tornam o filme uma das comédias mais interessantes que tivemos.

03. Fora de Série
2019 | Olivia Wilde

A última grande comédia que tivemos nesta década! Pouco antes de acabar, 2019 veio e nos presenteou com este filme fabuloso dirigido pela atriz Olivia Wilde, que debuta em uma obra original, revigorante e imensamente prazerosa de assistir. “Fora de Série” narra a jornada de duas melhores amigas, interpretadas pelas ótimas Kaitlyn Dever e Beanie Feldstein, que decidem aproveitar o último dia do Ensino Médio e correr atrás dos anos que passaram e não se divertiram como deveriam. É um belíssimo coming of age, que encanta por todas as saídas que encontra, que inova pela forma natural com que fala sobre adolescência e se destaca por romper com diversos estereótipos do gênero. Uma comédia inteligente, fantástica, que nasceu como um clássico.

02. O Que Fazemos nas Sombras
2014 | Jemaine Clement, Taika Waititi

Como vivem os vampiros nos dias de hoje? Este é o ponto inicial de “O Que Fazemos nas Sombras”, que pretende revelar, em um falso documentário, a vida de quatro amigos centenários que dividem a casa. Louça acumulada na pia, descobertas de casas noturnas, perfis em redes sociais e tudo o que pessoas normais enfrentam mas sempre com toque especial. É simplesmente hilário ver esses caras discutindo sobre convivência e refletindo sobre inadequações sociais. Para os amantes de séries como “The Office” e “Parks and Recreation” temos aqui um prato cheio. É inteligente, bem-humorado, bem conduzido e sempre surpreende positivamente pelos caminhos que segue. Acabou, ainda, por revelar o talento de Taika Waititi que hoje recebe o título de “diretor visionário”.

01. Missão Madrinha de Casamento
22011 | Paul Feig

Não tem absolutamente uma cena que tenha dado errado ou que não seja simplesmente hilária em “Missão Madrinha de Casamento”. Tem tanta coisa positiva junta em um único filme que desde que comecei a fazer esta lista, sabia muito bem qual seria meu primeiro lugar. O filme veio para dizer – em uma época em que as comédias estavam morrendo e as poucas (eram) protagonizadas por homens – que ainda é possível salvar o gênero quando se tem boas ideias, um roteiro que respeite seus personagens e saiba conduzir com inteligência sua trama. Além de ser extremamente engraçado, temos aqui uma aula de como se construir uma produto cômico. Na trama, uma mulher (Kristen Wiig) que, depois de vários fracassos pessoais, aceita ser madrinha de sua melhor amiga (Maya Rudolph), porém, claro, toda a jornada pré-casamento dá bem errado. É um texto divertido, audacioso e com uma protagonista muito bem construída, que ao mesmo tempo que nos faz rir de sua desgraça, nos faz torcer por suas vitórias.

Os 50 filmes visualmente mais impressionantes da década

Com o fim da década (2010 – 2019), nada mais justo do que relembramos o que teve de melhor e mais marcante durante este tempo. Faço este post para citar obras que se destacaram pelo visual. Filmes com aspectos técnicos impecáveis e que nos deixaram admirados pela fotografia, cores, enquadramentos, efeitos especiais, figurinos, design e maquiagem. Filmes que nos impactaram pelo poder de suas imagens. Espero ter feito uma lista justa e se lembrarem de outros títulos, deixem nos comentários!

50. Sucker Punch
2011 | Zack Snyder

Quando Zack Snyder consegue, no meio das megalomaníacas produções em que se envolve, mostrar sua identidade e sua assinatura como cineasta, a recompensa é alta. “Sucker Punch” é um respiro em sua filmografia e a chance única em que ele teve de revelar sua assinatura nesta década. Do Japão feudal à Primeira Guerra Mundial steampunk. Tudo é possível em sua trama e todos os universos ganham vida com efeitos especiais bem aplicados e uma fotografia marcante. Um espetáculo visual.

49. Moonlight
2016 | Barry Jenkins

Os poderosos enquadramentos de Barry Jenkins tornam “Moonlight” em uma obra marcante, digna de ser lembrada. Há uma forte paleta de cores sempre presente nas cenas, tudo extremamente bonito de se ver.

48. Animais Noturnos
2016 | Tom Ford

Além de diretor, Tom Ford é conhecido por ser um renomado estilista e isso justifica suas fortes referências do mundo da moda para compor sua obra. “Animais Noturnos” abusa de cores, figurinos e maquiagem para ilustrar uma trama pesada e bastante complexa. Um filme luxuosíssimo, belo em muitos aspectos.

47. Vingança
2018 | Coralie Fargeat

O poder das cores dentro de um filme. A farofa francesa sobre uma jovem que decide se vingar após ter sido estuprada entrega momentos de pura tensão mas, também, instantes de pura contemplação, enquanto traz referência ao cinema exploitation.

46. Segredos de Sangue
2012 | Park Chan-wook

Empreitada do coreano Park Chan-wook em Hollywood, ele não decepciona no visual e entrega um produto exuberante e com uma estética arrojada. A produção aposta em elementos, seja nos figurinos, seja nos curiosos objetos de cena, para traduzir a personalidade de cada personagem, seus pecados e seus desejos. Há, ainda, uma atmosfera mórbida que transita do começo ao fim, ilustrada por uma fotografia fria que transforma cada tomada em um quadro a ser admirado.

45. A Ghost Story
2017 | David Lowery

As cores e iluminação de “A Ghost Story” muito bem ilustram esta atmosfera melancólica que a trama pede, entregando frames que muito parecem uma pintura. Antes de dirigir a obra, David Lowery já havia feito parte do departamento de arte de outras produções e prova aqui todo o seu domínio estético.

44. O Artista
2011 | Michel Hazanavicius

Filmado em preto e branco, “O Artista” é uma singela homenagem ao cinema e um show lindo de se ver. O diretor francês Michel Hazanavicius constrói um filme minucioso, lindamente calculado. Seus enquadramentos, movimentos e figurinos o faz ser um musical único, mágico e que nos transporta ao passado. Durante seus belos minutos voltamos no tempo e sentimos como se estivéssemos vendo um longa-metragem antigo, não apenas por seu aspecto retrô, mas pelo capricho e cuidado com todos os detalhes.

43. A Criada
2016 | Park Chan-wook

O diretor Park Chan-wook marcou seu nome com o filme “Old Boy” e nesta década ele também deixou sua marca com o belíssimo “A Criada”, uma produção coreana luxuosa, estonteante e esteticamente fascinante. As cores vivas, os cenários com arquitetura antiga e figurinos maravilhosamente bem desenhados ajudam a ilustrar uma trama surpreendente. Um filme que choca em muitos sentidos e o visual é, com certeza, uma das tantas razões para nos deixar de boca aberta.

42. Pantera Negra
2018 | Ryan Coogler

“Pantera Negra” foi um bom respiro nas produções de heróis da Marvel e ao beber de ótimas referências, constrói na tela momentos de pura contemplação. Com figurinos, maquiagem e cenários que trazem um pouco das tradições tribais africanas, acabou-se criando um universo muito único e futurista que eles chamam de Wakanda. Este lugar mágico é crível porque seu design não é apenas estético, é também funcional. É tudo bem realizado e visualmente formidável.

41. Melancolia
2011 | Lars von Trier

O antológico prelúdio de “Melancolia” surge como uma pintura em movimento. É chocante a beleza daqueles instantes e o restante do filme não decepciona. Lars Von Trier entrega seu produto mais requintado e, visualmente, mais impressionante.

40. Sete Minutos Depois da Meia-Noite
2016 | Juan Antonio Bayona

É muito natural como a fantasia se funde na realidade dolorosa narrada no drama “Sete Minutos Depois da Meia-Noite”. É poético a forma como as ilustrações ganham vida na tela e como o diretor espanhol J.A.Bayona, que tão bem entende de terror, faz um filme de monstro único, sensível e visualmente poderoso.

39. Birdman (ou a Inesperada Virtude da Ignorância)
2014 | Alejandro González Iñárritu

A parceria entre o diretor Alejandro González Iñárritu e o diretor de fotografia Emmanuel Lubezki é uma das mais belas desta década. Em “Birdman”, eles entregam um produto refinadíssimo e muito bem orquestrado, com todas as suas cores e movimento. É mágico notar a dificuldade em ordenar um plano sequência e ainda se preocupar com o visual de cada canto e cada virada insana de câmera e é justamente por isso que o trabalho de fotografia aqui é um dos mais brilhantes dos últimos anos (e felizmente foi premiado por isso).

38. Anomalisa
2015 | Charlie Kaufman

“Anomalisa” marca o retorno de uma das mentes mais brilhantes do cinema: Charlie Kaufman. A ideia por si só já é incrível, mas ainda somos surpreendidos com uma animação fantástica e muito bem realizada. É assustador o alto nível da produção, que de movimentos tão perfeitos, até esquecemos que estamos diante de um stop motion. É impossível não ficar hipnotizado pela qualidade visual que oferece.

37. Expresso do Amanhã
2013 | Bong Joon-ho

O visual aqui tem extrema importância, pois é nele que se diferencia cada vagão de um mesmo trem onde toda a trama acontece. São nos elementos, cores, figurinos e maquiagem que notamos a discrepância existente entre as classes sociais e é desta forma que o brilhante roteiro consegue ilustrar suas tantas críticas. É bonito notar o trabalho que a produção teve em desenvolver tantos universos distintos e colocá-los em um mesmo local. E surpreende ao fazerem isso tão bem e de forma visualmente tão bela.

36. Oblivion
2013 | Joseph Kosinski

Talvez falte muito para que “Oblivion” se tornasse uma ficção científica relevante nesses últimos anos. No entanto, se tem algo que ele não falhou em absolutamente em nada foi em seu visual. As naves desenvolvidas para a obra são de uma originalidade admirável e chamam a atenção, não apenas pelo design arrojado, mas principalmente pela funcionalidade palpável delas. Acreditamos que tudo aquilo é possível e essa é a genialidade do design de produção. O diretor Joseph Kosinski ainda constrói um filme de ação refinado, que na ausência de sequências desenfreadas, nos permite contemplar suas belas e vastas paisagens e qualidade técnica de tudo o que nos oferece.

35. Os Oito Odiados
2015 | Quentin Tarantino

Os filmes de Quentin Tarantino costumam chamar a atenção pelo visual e sempre vamos ao cinema a espera de sermos surpreendidos positivamente. Ainda que “Os Oito Odiados” seja um dos filmes mais mornos da carreira do diretor, ao menos fomos presenteados com um dos visuais mais belos de toda sua filmografia. A sua câmera que capta amplas paisagens, a fotografia e o charmoso design que fora desenvolvido para o cenário principal de uma cabana, além dos belos figurinos. Um trabalho admirável.

34. Demônio de Neon
2016 | Nicolas Winding Refn

O terror bizarro de Nicolas Winding Refn que abusou de cores, excessos, sangue e muito neon para trazer para as telas o mundo da moda como nunca tinha se visto antes. Com elementos marcantes e um design agressivo, o visual da obra é, definitivamente, o que mais nos chama a atenção. O terror do filme, muitas vezes, é ilustrado através de sua estética e não necessariamente pelas ações dos personagens.

33. A Vida Secreta de Walter Mitty
2013 | Ben Stiller

Seja um sonho, imaginação, seja uma realidade fantástica. A brilhante mente de Walter Mitty nos presenteou com sequência valiosas, dignas de se deixar na memória. Foi lindo de ver e sentir toda a jornada no protagonista e, como diretor, Ben Stiller caprichou no visual, tornando tudo ainda mais fascinante de assistir.

32. Ex Machina
2014 | Alex Garland

Uma das ficções científicas mais brilhantes de nosso tempo, fato. Mesmo que filmado em um único espaço, é fantástico o que a produção conseguiu fazer com tão pouco. O bom trabalho de iluminação e efeitos especiais nos deixam hipnotizados. Sem a necessidade de ser acelerado ou mirabolante demais, temos a chance de apreciar com calma cada detalhe da obra e a recompensa é altíssima.

31. A Forma da Água
2017 | Guillermo del Toro

As produções de Guillermo del Toro sempre trazem um belo visual e “A Forma da Água” não é exceção. Há um cuidado surpreendente nos detalhe e na construção de cada sequência. Seja no design curioso de sua criatura, seja nos estonteantes cenários e figurinos. É bonito ver o trabalho de toda sua equipe, que se superam a cada novo filme.

30. O Mestre
2012 | Paul Thomas Anderson

Paul Thomas Anderson é um dos maiores cineastas ainda em atividade, isso é um fato. A forma como ele captura suas imagens é de uma beleza hipnotizante e somos presenteados por extraordinários planos abertos e ficamos ali, desnorteados por seu deslumbre visual. “O Mestre” é uma daquelas obras que nos fazem acreditar no cinema outra vez.

29. Sob a Pele
2013 | Jonathan Glazer

Ainda que grande parte da obra seja dedicada a uma filmagem crua estilo documental, quando enfim “Sob a Pele” abraça a ficção científica, o resultado é lindo de se ver. As sequências em que a protagonista mergulha no limbo enquanto se alimenta de suas presas é visualmente impactante e dessa forma o diretor oferece um dos instantes mais memoráveis dessa década.

28. A Chegada
2016 | Denis Villeneuve

O visual de “A Chegada” é poderoso. As sequências, muito bem dirigidas por Denis Villeneuve, imprimem um realismo assustador. Enquanto ficção científica, a produção entrega algumas das cenas mais emblemáticas de nosso tempo.

27. Macbeth: Ambição e Guerra
2015 | Justin Kurzel

Adaptação do clássico de Shakespeare, “Macbeth” levou aos cinemas uma das batalhas mais bem filmadas dos últimos anos. A excelente direção do novato Justin Kurzel, somado ao uso de cores e movimentos extremamente bem coreografados, tornam alguns momentos da obra simplesmente memoráveis. A fotografia do filme é, definitivamente, um espetáculo.

26. Trama Fantasma
2017 | Paul Thomas Anderson

Paul Thomas Anderson é um mestre e se não for para fazer obra-prima aclamada ele nem sai de casa. É assim que sempre somos surpreendidos por um visual estonteante de seus filmes. “Trama Fantasma” é classudo, refinado e encanta pela beleza das cenas. Os figurinos, a arquitetura clássica de seus cenários luxuosos e sua câmera que captura tudo com enquadramentos irretocáveis. Seu cinema é fascinante e não há absolutamente nada fora do lugar.

25. Spring Breakers
2012 | Harmony Korine

As cores fortes tornam “Spring Breakers” em um filme expressivo, cheio de vida e intensidade. É impressionante a qualidade das imagens e o quão bela é a rotina e as ações mais corriqueiras pelo olhar do cineasta Harmony Korine. As festas, as caminhadas na praia, a vida de crime. A forma que ele encontra para ilustrar tudo isso é visualmente impactante.

24. A Cura
2017 | Gore Verbinski

Um thriller psicológico com inúmeros defeitos, no entanto, é impossível não ficar de boca aberta e admirar o belíssimo e irretocável visual da obra. Sua cores e planos, tudo muito bem ordenado pelo diretor Gore Verbinski, que entrega um produto assustadoramente bem produzido. Sua estética nos deixa hipnotizados pela grandeza e beleza de cada cenário, cada espaço e enquadramento. Inclusive, é uma pena que o roteiro não alcance a perfeição de todo o seu design.

23. Silêncio
2016 | Martin Scorsese

O projeto dos sonhos de Martin Scorsese passou despercebido pelo público, mas quem o encontrou teve o privilégio de presenciar um dos visuais mais impressionantes desta década. A fotografia fria ilustra muito bem a tensão e o terror existente em sua trama. Além disso, os ricos enquadramentos e sua câmera que captura amplas paisagens e cenários, tornam a obra em algo grandioso, impactante.

22. Com Amor, Van Gogh
2017 | Dorota Kobiela, Hugh Welchman

Com certeza, uma das animações mais impressionantes que vimos em muito tempo. É surpreendente toda a técnica utilizada para finalizar a obra. Para contar os últimos passos de vida do gênio Van Gogh, a equipe – que contou com mais de 100 artistas – pintou à óleo frame por frame e isso somou 65 mil telas. É absurdo pensar em todo o trabalho que tiverem e é lindo poder conferir o resultado de tamanho esforço. São quadros animados e não haveria forma mais justa – e mais poética – para homenagear um dos maiores talentos de nossa história.

21. Alice no País das Maravilhas
2010 | Tim Burton

Não poderia fazer esta lista e não citar, ao menos uma vez, Tim Burton. Ainda que a carreira do veterano tenha dado uma decaída significativa nesta década, ele ainda conseguiu oferecer o que tem de mais marcante em sua filmografia: aquele visual colorido e grotesco que tanto amamos com sua assinatura. “Alice” chamou bastante a atenção pelo alto nível de qualidade técnica, assustando pelo cuidado de cada pequeno detalhe na tela. É belo, é atrativo e durante seus minutos nos deu vontade de entrar ali e viver um pouco daquela fantasia. Apesar do roteiro fraco, a produção acertou em cheio na estética.

20. O Regresso
2015 | Alejandro González Iñárritu

Com forte referência às obras de Terrence Malick, o mexicano Alejandro González Iñárritu traz em cena belíssimas paisagens, figurinos e maquiagem. É bastante sensorial toda a composição de seu universo, deste encontro do homem com a natureza, do personagem que se infiltra para viver com os nativos, da paixão que nasce ali. Ele cria este estado de contemplação, neste cinema que encontra beleza em tudo aquilo que é natural e nos deixa à vontade, observando e admirando tudo o que nos vem pela frente.

19. La La Land
2016 | Damien Chazelle

Damien Chazelle provou todo seu talento como cineasta no – quase – vencedor do Oscar de Melhor Filme. Tons saturados e movimentos ilustram a obra que funciona como uma grande homenagem ao cinema, além de trazer a magia dos musicais de volta aos holofotes. Com iluminação e uma paleta de cores bem marcante, a obra hipnotiza por seu visual, sendo do começo ao fim um deleite aos amantes da sétima arte.

18. Interestelar
2014 | Christopher Nolan

Uma das ficções científicas mais bem elaboradas e mais atraentes desta década. Foi lindo poder ver este trabalho tão bem finalizado de Christopher Nolan. O interior das naves, a tecnologia e a arquitetura funcional daquele tempo. É realista e muito bem desenhado pela produção, que capricha e nos espanta pela qualidade de cada detalhe. A fotografia também é um espetáculo à parte.

17. Ilha dos Cachorros
2018 | Wes Anderson

O cinema irreparável do mestre Wes Anderson. Ele é um artista único, dono de uma assinatura única. É sempre lindo poder ver o resultado de suas obras e se encantar por todos os ricos detalhes de suas produções. “Ilha dos Cachorros” prova um capricho de toda sua equipe, que une todos os elementos em perfeita harmonia. Som, trilha sonora, fotografia, tudo em perfeito estado. As cores, os efeitos e a caracterização de seus personagens fazem da animação uma das mais belas desta década. O resultado é soberbo e como stop motion, um deleite para os olhos.

16. A Invenção de Hugo Cabret
2011 | Martin Scorsese

A homenagem ao cinema feita por um dos maiores gênios do cinema: Martin Scorsese. Foi uma grata surpresa poder ver o veterano criando na tela uma trama infantil e muito distante de tudo o que ele já havia feito. Os efeitos especiais, a bela fotografia, figurinos e tudo o que compõe este universo mágico e lúdico desenvolvido com muito capricho por toda a equipe do filme. Tudo muito lindo de se ver e admirar.

15. Her
2013 | Spike Jonze

É muito interessante como a cor funciona em “Her” e o poder que ela exerce em cada sequência. A direção cuidadosa de Spike Jonze também se destaca e se prova preocupado com cada pequeno detalhe. A forte paleta de cores, os objetos de cena e o visual melancólico e ao mesmo tempo esperançoso desse futuro, nos acolhe, traz conforto mas também entristece pelo vazio daquela sociedade exposta.

14. A Origem
2010 | Christopher Nolan

Christopher Nolan e sua equipe desenvolvem aqui a arquitetura do sonho e o resultado é brilhante. São diversos universos criados para a obra, todos com um visual diferente e uma funcionalidade nova. A produção extrapola o limite da criatividade e nos faz emergir dentro sua belíssima e bem orquestrada fantasia.

13. Ida
2013 | Pawel Pawlikowski

Sem dúvidas, um dos enquadramentos mais fascinantes dos últimos anos. Não há sequer um plano mal elaborado, uma pessoa ou objeto fora do grid. A perfeição visual alcança um nível absurdo aqui. Os belos contrastes do preto e branco só tornam seus instantes ainda mais impressionantes.

12. A Espuma dos Dias
2013 | Michel Gondry

Visualmente falando, se trata de um dos filmes mais inventivos da década. Em uma espécie de fábula adulta, somos presenteados pelas criações mirabolantes de Michel Gondry. A cada nova cena somos surpreendidos por milhares de novos artefatos, engenhosidades que provam a genialidade de toda a produção. São objetos, máquinas, robôs, corpos elásticos e tudo o que estiver o mais possível distante da lógica. É lindo poder assistir tantos efeitos práticos e um cinema cada vez mais raro de acontecer.

11. Roma
2018 | Alfonso Cuarón

“Roma” é visualmente formidável. O diretor Alfonso Cuarón é conhecido pelo cuidado milimétrico que tem com suas obras e é surpreendente como cada plano surge na tela. São como quadros em movimento, irretocáveis, belamente enquadrados e capturados. A escolha pelo preto e branco o engrandece.

10. O Conto dos Contos
2015 | Matteo Garrone

O conto de fadas adulto de Matteo Garrone espanta pelo visual que parece retirado de pinturas da Irmandade Pré-Rafaelita. Suas cores fortes e figurinos luxuosos dão um tom clássico e suas paisagens e cenários realmente parecem ilustrações de livros antigos. Um espetáculo estético, fascinante de assistir e admirar.

09. As Aventuras de Pi
2012 | Ang Lee

Extremamente tudo em “Aventura de Pi” é lindo de se ver. As impressionantes sequências filmadas por um inspirado Ang Lee são belas demais para desgrudar o olho e não ficar hipnotizado por cada segundo. Toda a aventura do protagonista, que se mantém à deriva com um tigre, é perfeitamente ilustrada por uma irretocável fotografia, além dos belíssimos efeitos especiais que tornam tudo absurdamente crível.

08. Tron: O Legado
2010 | Joseph Kosinski

O diretor Joseph Kosinski trouxe ao cinema todo o seu conhecimento de arquitetura e design e entregou um produto que se tornou referência visual para muito do que foi feito posteriormente. Ele redefiniu a estética, criou algo novo mesmo se tratando de uma sequência. Como filme, pode ter seu defeitos, mas enquanto produção de cinema, definitivamente, deixou um legado.

07. Guerra Fria
2018 | Pawel Pawlikowski

Um verdadeiro show de fotografia. Uma sequência deslumbrante de um visual riquíssimo e muito bem filmado pelo russo Pawel Pawlikowski. As cenas, filmadas em preto e branco, soam como quadros em movimento, muito bem pintados e direcionados. Os enquadramentos são tão belos que até esquecemos de prestar atenção no filme.

06. Anna Karenina
2012 | Joe Wright

Mais uma parceria entre a atriz Keira Knightley e o diretor Joe Wright (Orgulho e Preconceito). A produção é estonteante e faz uns jogos interessantes em cena, onde os cenários se movem como uma peça de teatro. O resultado é bem curioso e nos hipnotiza pela qualidade técnica. Além do belíssimo trabalho de direção de arte, a obra se destaca pela maquiagem e figurinos.

05. A Árvore da Vida
2011 | Terrence Malick

O grande retorno ao cinema do mestre Terrence Malick. É uma obra sensorial, profunda e reflexiva e seu visual nos leva para uma viagem visualmente impactante. Tudo é lindo como um sonho que não queremos acordar.

04. O Grande Gatsby
2013 | Baz Luhmann

Um grande evento. Uma festa que todos nós gostaríamos de ter participado. Uma festa gigantesca, com figurinos de época perfeitamente desenhados para cada convidado e um cuidado com detalhes poucas vezes visto nesta década. Baz Luhrmann criou algo revigorante, cheio de cor e alma. Tudo em cena é uma atração e nos fascina por seu visual deslumbrante. Muita riqueza jogada na sua cara.

03. Mad Max: Estrada da Fúria
2015 | George Miller

O novo “Mad Max” é insano em todos os sentidos. Não apenas pela adrenalina das sequências de ação, mas também pela grandiosidade visual que George Miller recriou. É impossível desgrudar o olho da tela e não ficar de boca aberta com todos os seus planos. Uma obra de arte, sem mais.

02. Blade Runner 2049
2017 | Denis Villeneuve

O diretor Denis Villeneuve teve grandes responsabilidades em suas mãos quando aceitou realizar a sequência de um dos maiores clássicos da ficção científica. Foi uma grande surpresa poder se deparar com um filme completamente bem realizado e, principalmente, assistir na tela grande um dos visuais mais impressionantes de nosso tempo. Todas as cenas são lindas, desde a arquitetura de cada espaço criado, figurinos, cores até a premiada fotografia de Roger Deakins.

01. O Grande Hotel Budapeste
2013 | Wes Anderson

Os filmes do mestre Wes Anderson sempre chamaram a atenção pelas cores e por toda a sua construção ser meticulosamente calculada. Seu cinema é lindo e “O Grande Hotel Budapeste” marca o ápice desse seu aperfeiçoamento visual. Seja a arquitetura retrô de seu arrojado hotel, seja pelos figurinos ou sua irretocável maquiagem aplicada em seu elenco estelar. Nada está fora do lugar e extremamente tudo é incrível de ser ver e admirar. As definições de “vintage” foram atualizadas aqui e com sucesso.